A obra que apresentamos – MAGNIFICATIO ALGERVENSIS – é, justamente, inspirada no Geoparque Algarvensis, através das suas múltiplas facetas: aspetos geológicos únicos, mas também paisagísticos, e de fauna e flora.
Consiste numa performance transdisciplinar em que a música instrumental e os visuais generativos comunicam através da mediação de tecnologias digitais. Na vertente sónica, uma componente computacional vai adicionando características às potencialidades eletroacústicas tradicionais, assim como, assumindo uma parte importante no diálogo musical por intermédio do uso de algoritmos de Interactive Machine Learning, tornando possível que a resposta musical da componente computacional evolua em tempo real.
Na vertente visual, existe um sistema generativo controlado em tempo real, como se de um instrumento se tratasse, e em que as texturas – cuja base advém de levantamento fotográfico no Geoparque Algarvensis, e posterior manipulação digital – se vão transformando, acompanhando a performance musical. Assim, a convergência destes três vetores – performance musical, aumento digital e arte generativa responsiva – é usada para conduzir o público a uma magnífica jornada sensorial.
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MEMBROS
RUI TRAVASSO
Rui Travasso é Doutorado em Média-Arte Digital (UAb/UAlg) e Professor Adjunto Convidado no Instituto Politécnico de Beja. A sua investigação cruza artes performativas, comunicação multimédia e tecnologia interativa, com foco na expansão instrumental e ecologias de performance mediadas por algoritmos, e ainda a pedagogia relacionada com a área do Audiovisual e Produção dos Média. Participou em projetos financiados pela DGArtes e Fundação GDA, integrando produção artística, e investigação aplicada. A sua prática artística inclui uma década enquanto chefe de naipe de clarinete na Orquestra do Algarve, performances interativas, sistemas audiovisuais, experimentação sonora com ênfase na inclusão e na mediação cultural, e conta com mais de uma centena de faixas publicadas.
ANDRÉ CONDE
André Conde é Doutorado pela Universidade de Évora (UE) no curso de Música e Musicologia, iniciou os estudos musicais na Academia de Música Eborense continuando os mesmos na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa. Integrou orquestras internacionais de jovens tais como a Orquestra de Jovens do Mediterrâneo e a Orquestra de Jovens Gustav Mahler. Após concluir a Licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra é admitido na Universidade das Artes em Zurique (ZHDK) no Mestrado em Performance Orquestral, com bolsa da Fundaçāo Calouste Gulbenkian. Foi academista na Ópera de Zurique, onde posteriormente colabora como Assistente de 1º Trombone. Conclui o segundo Mestrado, este em Performance Especializada – Solista, na ZHDK. Tem ainda formação em música antiga e contemporânea. Frequentou Masterclasses com alguns dos mais prestigiados trombonistas a nível mundial e integra orquestras nacionais e estrangeiras como convidado: Zürich Opernhaus; Malaysian Philharmonic Orchestra; Tonhalle Orchester Zürich; Orquestra Gullbenkian; Orquestra Sinfónica do Porto; entre outras. Para além da referida participação em orquestras também desenvolve uma actividade regular enquanto solista quer através interpretação de repertório de Música Antiga e do Período Romântico como também de repertório ligado à interpretação e composição de repertório na vertente da Música Contemporânea e Arte Digital. É docente na UE.
PEDRO ALVES DA VEIGA
Pedro Alves da Veiga é um artista e investigador doutorado em Média-Arte Digital pela Universidade do Algarve e Universidade Aberta. É Professor Auxiliar na Universidade Aberta, onde é Subdiretor do Doutoramento em MédiaArte Digital. Foi empreendedor durante mais de duas décadas, e desenvolveu trabalhos premiados de webdesign e multimédia. É membro integrado do Centro de Investigação em Artes e Comunicação, e colaborador do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura. Gravou dois discos para a editora Polygram e um dos temas de sua autoria faz parte da banda sonora do filme “Variações”. Tem exposto as suas obras de arte generativa, individual e coletivamente, em Portugal, Brasil, Espanha, França, Itália, Holanda, Roménia, Rússia, China, Coreia do Sul, Tailândia e EUA.