Programando iniciativas de arte digital

Programação - Arte Digital

Acontece

Neste espaço partilhamos, em tempo real, as atividades do Museu Zer0. Aqui pode acompanhar ensaios, montagens, workshops, encontros com a comunidade e todas as atividades que preparam e alimentam a nossa programação. Esta é uma janela aberta sobre o processo vivo da criação e da experimentação artística

A decorrer

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Iniciativas anteriores

Ciclo ‘‘O mapa e o território’’

Exposições – Repúblicas Minimais de Ruben Martin de Lucas e Boris Chimp 504 pelo artista algarvio Miguel Neto

Outros

Concerto Equinócios

PRESO NUM LOOP

Uma experiência que abre a mente através da colaboração de dois espíritos visionários – mostrando a condição humana e a vulnerabilidade não só através de sons mas também de imagens tangíveis. Este trabalho conjunto apresenta uma experiência audiovisual com várias camadas, criando imagens ao vivo durante e com base na atuação musical de Smokedfalmon. Explorando emoções humanas profundas, sons fadoescos contemporâneos e elementos post-rock, reforçados com as imagens visuais de Carlotta Premazzi.

Artistas

Smokedfalmon

Nuno Ferreira, músico e produtor, transforma sons hipnóticos numa viagem coletiva por paisagens melancólicas. Mistura pós-rock, eletrónica profunda e mantras de fado, expressando a sua condição humana através da música.

Carlotta Premazzi

Carlotta Premazzi é uma artista visionária que explora a empatia tecnológica e a criatividade através de design multimédia e performances ao vivo. Desde 2018, com o projeto LUCID DREAM, utiliza as suas ondas cerebrais em tempo real para criar experiências imersivas e transformadoras.

Momento II

O II Momento de Abertura do Museu Zer0 marca a continuidade de um processo de construção artística, institucional e simbólica, iniciado pelo fundador, cujo pensamento e visão deram origem a um projeto único no contexto nacional e internacional.

Mais do que uma exposição, este momento é a afirmação de um Museu em movimento, onde arte, tecnologia, comunidade e território se entrelaçam num diálogo que envolve o local, o global e a contemporaneidade. Esta nova fase do Museu reflete o trabalho desenvolvido no âmbito das Residências Artísticas, apoiadas pela Fundação MEO, que proporcionaram a artistas a oportunidade de investigar, experimentar e criar in situ, consolidando a identidade do Museu Zer0 como espaço de pensamento, produção e partilha. A programação apresenta, ainda, um conjunto de obras inéditas e revisitações experimentais que ocupam os diferentes espaços do Museu — da entrada ao terraço, dos silos à sala imersiva, configurando um percurso intergeracional e transdisciplinar, onde a criação contemporânea se manifesta em múltiplas linguagens: visuais, sonoras, cinéticas, imersivas e digitais.

O programa do II Momento de Abertura do Museu Zer0 inicia-se com dois momentos pontuais, mas profundamente simbólicos para a história e para o futuro do Museu. O primeiro é o encontro entre a Sonoscopia e os “Resistentes”, grupo de música tradicional portuguesa de Santa Catarina da Fonte do Bispo — uma performance coletiva que une a experimentação sonora contemporânea às raízes musicais da comunidade local. Esta colaboração, nascida do diálogo entre o património imaterial e a pesquisa artística, dá o mote à abertura do II Momento do Museu Zer0, reafirmando a sua ligação ao território, à cultura popular e à comunidade. O segundo momento é Sil0, obra audiovisual em vídeo mapping criada pelos Openfield (2025), que transforma a arquitetura singular dos silos do Museu Zer0 num organismo vivo de luz e som.

“Esta intervenção site-specific revela camadas visuais e sonoras que dialogam com a estrutura original, a sua materialidade e a sua memória. Inspirada no conceito fundador do Museu Zer0 — museu de arte digital que parte da ideia de origem, vazio e potencial, Sil0 cria uma ponte entre o mundo real e o digital, entre o visível e o imaginário, propondo uma viagem sensorial que transforma o edifício em metáfora da própria essência do Museu: um espaço de transformação, experimentação e plenitude.”

Na entrada, Inês Mendes Leal, com a obra Barlavento / Sotavento, evoca a linha imaginária que separa o Algarve em duas metades — ocidental e oriental, uma divisão moldada ao longo do tempo pela ação dos ventos e pela geografia do território. O termo “barlavento”, de “origem náutica”, indica o lado que recebe o vento, remetendo para o sopro que vem do oeste e que há séculos marca o clima e o ritmo desta região. Ainda na entrada, o dispositivo Memória Permanente, de byAR, propõe uma experiência de realidade mista, tornando visíveis a história do edifício, as memórias e os conteúdos tridimensionais que se projetam no espaço físico e digital do Museu. Nos silos, a instalação Trapped Ecologies, de Francisca Rocha Gonçalves e Christian Dimpker, transforma o espaço industrial num organismo sensorial. Feita de redes, projeções, fumo e som, a obra reflete sobre os ecossistemas naturais e artificiais, e sobre a forma como o humano interfere e se inscreve nas suas dinâmicas — uma reflexão que toca diretamente nos desafios ambientais e tecnológicos contemporâneos e na urgência de um pensamento artístico comprometido com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Na Sala do Órgão, temos dois trabalhos, Luís Fernandes apresenta Dispositivo Aural #2, onde o som se converte em matéria e arquitetura, numa investigação sobre frequência, ressonância e perceção. O outro é 1:2, de Tatiana Macedo, uma instalação vídeo que parte da relação entre o olhar, o corpo, o lugar e a imagem. Através de uma montagem subtil e ritmada, a artista questiona o espelho e a duplicação, a presença e a distância, convocando o espectador para uma experiência íntima de observação e deslocamento. Na Sala de Exposições, um conjunto de obras estabelece uma cartografia de práticas contemporâneas: JEZABEL, de Carincur, João Pedro Fonseca e Gonçalo Guiomar, é uma instalação cinética e lumínica onde robótica, inteligência artificial e matéria orgânica se fundem num corpo híbrido em movimento.

JEZABEL habita o espaço como uma presença viva e enigmática, onde o som, a luz e o gesto mecânico dialogam com a perceção humana. A obra propõe uma reflexão sobre os limites entre o natural e o artificial, entre o corpo sensível e a máquina pensante, uma espécie de organismo artístico em permanente transformação. % (static), de Pedro Tudela, apresenta dois discos de ferro amplificados e postos em vibração, que transformam o som em matéria física e tensão espacial. Nesta peça, o ruído, o eco e a reverberação constroem uma paisagem sonora densa, onde a escuta se torna experiência tátil. % (static) expõe o som como energia e corpo, convidando à perceção das suas formas invisíveis e ao modo como estas se inscrevem no espaço e no tempo.

Paisagens finitas ou memórias de um lugar onde não fui, de Mariana Vilanova, é uma instalação-vídeo que explora a memória, o tempo, a ausência e o que andamos a fazer à terra. Através de imagens projetadas e som, constrói um território emocional onde o real e o imaginado se confundem. A obra propõe uma reflexão poética sobre a construção de lugar — entre o registo e a lembrança, a imagem e a experiência – todavia, Mariana alerta-nos: “Temos a ideia de que o digital é imaterial e que por isso teremos acesso quase eterno à informação, mas o mundo digital depende de componentes eletrónicos feitos com metais raros presentes no solo terrestre, como o ouro e o lítio, o que pode tornar esse acesso efémero e insustentável.”

VVV (Zero), de Pedro Tudela & Miguel Carvalhais, é uma instalação sonora e luminosa que cria um diálogo espacial entre diferentes fontes de som e luz. Um altifalante suspenso e um conjunto de três altifalantes dispostos no chão estabelecem um jogo contínuo de chamadas e respostas, em movimento circular, que envolve o visitante e transforma o espaço em corpo acústico e visual. Atlas – (Chuva), de Francisco Pedro Oliveira, combina som, vidro, metal e vibração, transformando o espaço numa superfície ressonante. O som, amplificado e refletido por materiais distintos, cria uma paisagem sensorial líquida e pulsante, onde o ouvido e o corpo são atravessados por ondas e frequências.

No Centro de Criação e Experimentação Artística (CECA), José Jesus apresenta Physical Blue at the Door (Landscape as Engine), um trabalho que reflete sobre a paisagem como motor de pensamento e energia. O artista combina vídeo, impressão 3D e movimento mecânico para criar uma escultura viva que respira entre natureza e tecnologia.

Na Sala Polivalente, Miguel Soares mostra SpaceJunk (2001), obra emblemática da arte digital portuguesa, que ironiza a conquista espacial e a acumulação de resíduos tecnológicos. Esta obra foi escolhida por Sérgio Mah, sendo a mesma da coleção de arte da Fundação EDP.

No terraço, decorre o Cinema em Ciclo, com curadoria de António Costa Valente, em parceria com os 29.º Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia (AVANCA) — uma extensão da programação que reforça o diálogo entre imagem em movimento e media arts.

Na Sala Imersiva, MAOTIK apresenta Where Land Ends, Everything Flows, uma instalação de arte generativa que transforma dados e paisagens digitais em experiência sensorial e envolvente, evocando a relação entre o humano e o planeta, entre o natural e o tecnológico.

Em diálogo transversal com toda a programação, o Professor Henrique Silva, figura central da arte portuguesa, apresenta uma seleção de vídeos do seu arquivo pessoal, com curadoria de Henrique Silva e Emília Simão — obras que evocam os primórdios da videoarte em Portugal, incluindo peças históricas do VideoPorto e de artistas como Ção Pestana e Silvestre Pestana.

O II Momento de Abertura do Museu Zer0 é, assim, uma celebração do fazer artístico como processo, onde a experimentação, a tecnologia e o pensamento crítico se cruzam com a memória, a imaginação e a responsabilidade coletiva. O Museu Zer0, enquanto Centro de Arte Digital, assume uma visão humanista e contemporânea, comprometida com a sustentabilidade, a inclusão, a educação e o acesso à cultura — princípios que se alinham com os ODS e com a convicção de que a arte deve servir o conhecimento, a comunidade e o futuro.

Concerto Paisagens Eletr0nicas

O Museu Zer0 apresenta o ciclo Paisagens Eletr0nicas edição 2025.

A obra que apresentamos – MAGNIFICATIO ALGERVENSIS – é, justamente, inspirada no Geoparque Algarvensis, através das suas múltiplas facetas: aspetos geológicos únicos, mas também paisagísticos, e de fauna e flora.

Consiste numa performance transdisciplinar em que a música instrumental e os visuais generativos comunicam através da mediação de tecnologias digitais. Na vertente sónica, uma componente computacional vai adicionando características às potencialidades eletroacústicas tradicionais, assim como, assumindo uma parte importante no diálogo musical por intermédio do uso de algoritmos de Interactive Machine Learning, tornando possível que a resposta musical da componente computacional evolua em tempo real.

Na vertente visual, existe um sistema generativo controlado em tempo real, como se de um instrumento se tratasse, e em que as texturas – cuja base advém de levantamento fotográfico no Geoparque Algarvensis, e posterior manipulação digital – se vão transformando, acompanhando a performance musical. Assim, a convergência destes três vetores – performance musical, aumento digital e arte generativa responsiva – é usada para conduzir o público a uma magnífica jornada sensorial.

COLETIVO ALGARVE – ART LAB

O Coletivo Algarve – Art Lab é uma estrutura colaborativa formada por artistas de diferentes origens e percursos, embora todos com uma forte ligação ao Algarve, quer por via da sua naturalidade, quer por afetos, ou percurso de vida. Nasceu da sua vontade de abrir caminhos comuns entre música, artes visuais e tecnologias emergentes, transformando a tradição e a terra em matéria de futuro. O Art Lab é, por isso, um espaço vivo de encontro, invenção e experimentação, onde linguagens distintas se entrelaçam para dar corpo a novas formas de criação.

Na sua essência, o coletivo é movido pela paixão pela média-arte digital e pelo impulso de explorar o desconhecido. Aumentar digitalmente instrumentos musicais ditos tradicionais é apenas um dos gestos que simbolizam este cruzamento: a respiração de um clarinete, o impacto de uma marimba ou a vibração de uma percussão expandem-se em universos de som e luz, amplificados por sistemas digitais audiovisuais criados pelos próprios artistas. A performance deixa de ser apenas execução e torna-se experiência imersiva, onde o gesto sonoro encontra a imagem, e onde a tecnologia não é ferramenta, mas corpo vivo que responde e se transforma.

A singularidade do Art Lab resulta da soma de sensibilidades complementares: o rigor técnico de quem habita o mundo da programação, inteligência artificial, bases de dados ou machine learning; a visão estética de quem cruza design, multimédia, assemblage ou arte generativa; a profundidade musical de intérpretes formados na tradição clássica, mas que abraçam com igual intensidade a improvisação, a experimentação sonora e a colaboração transdisciplinar.

Esta mistura fértil cria um território aumentado, onde a prática artística é simultaneamente investigação, performance e manifesto poético-tecnológico. Assim, cada apresentação do coletivo é um espetáculo único e irrepetível: é um ecossistema em mutação, um campo de forças em que música, imagem e código se entrelaçam em tempo real.

O Coletivo Algarve – Art Lab afirma-se, deste modo, como uma plataforma aberta de criação, investigação e partilha, onde tradição e inovação dialogam, e onde a arte se projeta como experiência transformadora, radicalmente contemporânea.

MEMBROS

RUI TRAVASSO

Rui Travasso é Doutorado em Média-Arte Digital (UAb/UAlg) e Professor Adjunto Convidado no Instituto Politécnico de Beja. A sua investigação cruza artes performativas, comunicação multimédia e tecnologia interativa, com foco na expansão instrumental e ecologias de performance mediadas por algoritmos, e ainda a pedagogia relacionada com a área do Audiovisual e Produção dos Média. Participou em projetos financiados pela DGArtes e Fundação GDA, integrando produção artística, e investigação aplicada. A sua prática artística inclui uma década enquanto chefe de naipe de clarinete na Orquestra do Algarve, performances interativas, sistemas audiovisuais, experimentação sonora com ênfase na inclusão e na mediação cultural, e conta com mais de uma centena de faixas publicadas.

VASCO RAMALHO

Natural de Reguengos de Monsaraz, Vasco Ramalho é Mestre em Percussão/Interpretação (2024) e Licenciado em Percussão/Ensino (2005) pela Universidade de Évora na classe do prof. Doutor Eduardo Lopes. Efetuou uma pósgraduação em marimba solista no Royal Conservatory Antwerp – Bélgica na classe do Dr. Ludwig Albert (2008). Desde 2012 fez a direção artística de 21 Festivais Internacionais de Percussão em Portimão, Évora, Reguengos de Monsaraz e Alcácer do Sal. Em Julho de 2017 gravou o seu primeiro CD, Vasco Ramalho – Essências de Marimba, Fados & Choros. Como professor, leciona no Conservatório de Música de Loulé e é professor assistente convidado na Universidade de Évora. Desde 2013 é artista Adams, uma das principais marcas de instrumentos de percussão no mundo. Frequentou o doutoramento em Média-Arte Digital na Universidade do Algarve e Universidade Aberta e é doutorando em Música e Musicologia na Universidade de Évora. No ano de 2023 foi agraciado com a medalha de mérito cultural do município de Reguengos de Monsaraz.

PEDRO ALVES DA VEIGA

Pedro Alves da Veiga é um artista e investigador doutorado em Média-Arte Digital pela Universidade do Algarve e Universidade Aberta. É Professor Auxiliar na Universidade Aberta, onde é Subdiretor do Doutoramento em MédiaArte Digital. Foi empreendedor durante mais de duas décadas, e desenvolveu trabalhos premiados de webdesign e multimédia. É membro integrado do Centro de Investigação em Artes e Comunicação, e colaborador do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura. Gravou dois discos para a editora Polygram e um dos temas de sua autoria faz parte da banda sonora do filme “Variações”. Tem exposto as suas obras de arte generativa, individual e coletivamente, em Portugal, Brasil, Espanha, França, Itália, Holanda, Roménia, Rússia, China, Coreia do Sul, Tailândia e EUA.

RUI D’OREY

Rui Sousa d’Orey é doutorando e investigador em MédiaArte Digital nas Universidades do Algarve e Aberta, afiliado ao CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação, e trabalha como engenheiro de software 3D. Licenciado em Ciência da Computação pela Universidade do Porto (2013), iniciou-se como investigador no Porto Interactive Center, especializando-se em computação gráfica e interação humano-computador. Participou em projetos como Virtual Embodiment and Robotic Re-Embodiment (FCT) e Move4Health (PT Inovação), desenvolvendo soluções em motion capture, realidade virtual, aplicações 3D interativas, inteligência artificial, processamento de dados e sistemas backend. Trabalhou diretamente com empresas, como freelancer e através de uma agência que fundou. No contexto do doutoramento em média arte-digital participou em vários projetos de média arte digital em colaboração com outros colegas e procura trabalhar nos cruzamentos entre tecnologia, artes e humanidades com perspetivas mais-que-humanas.

Concerto Paisagens Eletr0nicas

O Museu Zer0 apresenta o ciclo Paisagens Eletr0nicas edição 2025.

A obra que apresentamos – MAGNIFICATIO ALGERVENSIS – é, justamente, inspirada no Geoparque Algarvensis, através das suas múltiplas facetas: aspetos geológicos únicos, mas também paisagísticos, e de fauna e flora.

Consiste numa performance transdisciplinar em que a música instrumental e os visuais generativos comunicam através da mediação de tecnologias digitais. Na vertente sónica, uma componente computacional vai adicionando características às potencialidades eletroacústicas tradicionais, assim como, assumindo uma parte importante no diálogo musical por intermédio do uso de algoritmos de Interactive Machine Learning, tornando possível que a resposta musical da componente computacional evolua em tempo real.

Na vertente visual, existe um sistema generativo controlado em tempo real, como se de um instrumento se tratasse, e em que as texturas – cuja base advém de levantamento fotográfico no Geoparque Algarvensis, e posterior manipulação digital – se vão transformando, acompanhando a performance musical. Assim, a convergência destes três vetores – performance musical, aumento digital e arte generativa responsiva – é usada para conduzir o público a uma magnífica jornada sensorial.

MEMBROS

RUI TRAVASSO

Rui Travasso é Doutorado em Média-Arte Digital (UAb/UAlg) e Professor Adjunto Convidado no Instituto Politécnico de Beja. A sua investigação cruza artes performativas, comunicação multimédia e tecnologia interativa, com foco na expansão instrumental e ecologias de performance mediadas por algoritmos, e ainda a pedagogia relacionada com a área do Audiovisual e Produção dos Média. Participou em projetos financiados pela DGArtes e Fundação GDA, integrando produção artística, e investigação aplicada. A sua prática artística inclui uma década enquanto chefe de naipe de clarinete na Orquestra do Algarve, performances interativas, sistemas audiovisuais, experimentação sonora com ênfase na inclusão e na mediação cultural, e conta com mais de uma centena de faixas publicadas.

ANDRÉ CONDE

André Conde é Doutorado pela Universidade de Évora (UE) no curso de Música e Musicologia, iniciou os estudos musicais na Academia de Música Eborense continuando os mesmos na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa. Integrou orquestras internacionais de jovens tais como a Orquestra de Jovens do Mediterrâneo e a Orquestra de Jovens Gustav Mahler. Após concluir a Licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra é admitido na Universidade das Artes em Zurique (ZHDK) no Mestrado em Performance Orquestral, com bolsa da Fundaçāo Calouste Gulbenkian. Foi academista na Ópera de Zurique, onde posteriormente colabora como Assistente de 1º Trombone. Conclui o segundo Mestrado, este em Performance Especializada – Solista, na ZHDK. Tem ainda formação em música antiga e contemporânea. Frequentou Masterclasses com alguns dos mais prestigiados trombonistas a nível mundial e integra orquestras nacionais e estrangeiras como convidado: Zürich Opernhaus; Malaysian Philharmonic Orchestra; Tonhalle Orchester Zürich; Orquestra Gullbenkian; Orquestra Sinfónica do Porto; entre outras. Para além da referida participação em orquestras também desenvolve uma actividade regular enquanto solista quer através interpretação de repertório de Música Antiga e do Período Romântico como também de repertório ligado à interpretação e composição de repertório na vertente da Música Contemporânea e Arte Digital. É docente na UE.

PEDRO ALVES DA VEIGA

Pedro Alves da Veiga é um artista e investigador doutorado em Média-Arte Digital pela Universidade do Algarve e Universidade Aberta. É Professor Auxiliar na Universidade Aberta, onde é Subdiretor do Doutoramento em MédiaArte Digital. Foi empreendedor durante mais de duas décadas, e desenvolveu trabalhos premiados de webdesign e multimédia. É membro integrado do Centro de Investigação em Artes e Comunicação, e colaborador do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura. Gravou dois discos para a editora Polygram e um dos temas de sua autoria faz parte da banda sonora do filme “Variações”. Tem exposto as suas obras de arte generativa, individual e coletivamente, em Portugal, Brasil, Espanha, França, Itália, Holanda, Roménia, Rússia, China, Coreia do Sul, Tailândia e EUA.

Construir a Terra

Homenagem à Vida e Obra do Arquiteto Manuel Gomes da Costa

Construir a Terra – Homenagem à Vida e Obra do Arquiteto Manuel Gomes da Costa é um filme imersivo que evoca o pensamento construtivo e poético deste arquiteto singular.

Através de animação 3D criada de raiz e de uma composição sonora original, a peça propõe um mergulho sensorial no gesto de desenhar, projetar e habitar — da folha em branco ao espaço edificado, da estrutura ao silêncio, da luz ao lugar.

Partindo da análise da obra construída e do pensamento de Gomes da Costa, o filme constrói uma narrativa visual e sonora em que a arquitetura se revela como corpo, como paisagem e como tempo habitado. Sem recorrer à palavra, a narrativa desenha-se por camadas de traço, volume, matéria, luz e sombra, som e silêncio, em que cada linha é um gesto de escuta.

A peça propõe uma abordagem contemplativa e sensível, onde a arquitetura se relaciona com o território, com a luz, com o tempo e propõe uma aproximação íntima e radical à matéria da arquitetura como forma de estar no mundo.


Duração: 09’08 min loop
Ano: 2025
Conceito e Direção Artística: Oskar & Gaspar
Direção de Projeto: Francisco Leone
Direção de Arte: Ana Fatia
Composição / Design de som: Oscar Benito
Direção de Produção: Sofia Leone
Curadoria: Joana Carmo (Museu Zer0) e Gonçalo Vargas
Produção: Oskar & Gaspar

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