Rudolfo Quintas (Porto, 1980) é um media artista português. Cria obras audiovisuais interativas, generativas e de mapeamento de dados que invariavelmente assumem a forma de performances, instalações ou esculturas. Estes ambientes de media digital formam um equilíbrio sutil entre controle e aleatoriedade, definidos por Verónica Metello como “contextos sensíveis”. Tais contextos estabelecem um diálogo contínuo entre o digital e o não digital. São uma janela aberta para o mundo, onde o artista desvenda novas perspectivas para refletir sobre os comportamentos humanos.
Num diálogo contínuo entre design, ciência e tecnologia, o trabalho de Rudolfo Quintas alterna entre o individual e o coletivo. Ele explorou extensivamente processos de feedback cognitivo, envolvendo a autoexploração do público em obras como Displacement (2004), Absorção (2014) e Black Hole (2018), entre outras obras performáticas como Swap (2005), Burning the Sound (2007) e Sem escuridão (2016). Recentemente, Quintas levou estes processos de feedback a uma escala maior, retratando a sociedade através de visualizações de big data, como no seu último trabalho News Feed (2019).
Na última década, ele foi convidado para ministrar palestras e workshops internacionalmente, bem como para júris de publicações acadêmicas. Em Portugal foi professor na Escola Superior de Artes e Design da ESAD Caldas da Rainha (2005-06) e no Departamento de Comunicações e Artes da Universidade da Beira Interior (2009-12).
Quintas tem mostrado o seu trabalho nacional e internacionalmente em galerias, espaços culturais e festivais de arte, como o festival Transmediale/CTM (Berlim), o festival Todays Art (Haia), a Dox Gallery e o festival ENTER (Praga), Fundació “La Caixa ” (Barcelona), La Casa Encendida (Madri), STEIM (Amsterdã), a exposição “Uncharted” em Santralistanbul (Istambul), o festival Pixelache no museu Kiasma (Helsinque), NIME (Sydney) ou o Royal College of Art em Londres. No seu país natal, Portugal, Quintas apresentou recentemente o seu trabalho no festival Index of Art and Technology em Braga no contexto de Braga capital portuguesa das Media Arts, na galeria de arte FOCO em Lisboa, no centro cultural Convento de São Francisco em Coimbra e o festival Criatek em Aveiro.
O seu trabalho artístico tem merecido distinções nacionais e internacionais através de bolsas, residências artísticas, bolsas e prémios de arte como as bolsas Apoios Pontuais Portugueses DGarts (Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura de Portugal) ou o Prémio Distinção Transmediale da Festival Transmediale em Berlim. Seu trabalho é publicado na Performance Research (Routledge), artigos de pesquisa como NIME – New Interfaces for Musical Expression, e edições de arte como “Younger Than Jesus: Artist Directory” co-editado pelo New Museum New York e Phaidon Press, entre outros. Actualmente vive e trabalha em Lisboa tendo o seu atelier sediado na MONO Lisboa.