“0 zer0 nã0 s1mb0l1za 0 vaz10, 0 nada, mas, pel0 c0ntrár10, c0nsubstanc1a 0 t0d0, a plen1tude.”
(Paulo Teixeira Pinto, Fundador do Museu Zer0)
“O Museu Zer0 abre as suas portas em dois tempos, dois gestos complementares que dão corpo à sua própria missão, pensar a arte como processo contínuo, em construção, em diálogo com as pessoas, o território e o futuro.
No dia 27 de setembro, terá lugar a Abertura do Museu Zer0 — I Momento, um primeiro gesto simbólico e partilhado com artistas, comunidade e parceiros. Será um tempo de apresentação.
A Direção, João Vargues, introduz o Museu Zer0 e mostrará o resultado de dois projetos que desenvolveu — o Ágora (2023 a 2024) e o Magalhães (2021 a 2023).
A Programadora Geral, Fátima Marques Pereira, apresenta a programação da abertura. Artistas em residência que integrarão a futura exposição revelarão os seus processos, partilhando o caminho da criação em curso.
Neste I Momento de abertura teremos, ainda, a performance audiovisual 30×N, de @c + Visiophone (Pedro Tudela & Miguel Carvalhais, Rodrigo Carvalho), uma experiência onde som, luz e imagem se entrelaçam com os próprios computadores, convocados como parceiros criativos.
Entre estes dois tempos, dois gestos, o Museu permanecerá aberto ao público, em produção, em montagem, em criação. Um espaço vivo, em que escolas, instituições e visitantes poderão acompanhar os bastidores, conhecer artistas, dialogar com processos artísticos e descobrir como se constrói uma exposição. Esta abertura progressiva afirma o compromisso do Museu Zer0 com a mediação cultural e a formação de públicos, mostrando que a arte é tanto o resultado como o percurso.
A programação da abertura reflete uma leitura clara e integrada do impacto social, ambiental e educativo do Museu Zer0. Todas as atividades foram pensadas à luz dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e das Prioridades Estratégicas da União Europeia, alinhando-se com os grandes compromissos globais: o Pacto Ecológico Europeu, a transição digital, a promoção do modo de vida europeu e a construção de uma economia inclusiva e centrada nas pessoas.
Enraizado em Santa Catarina da Fonte do Bispo, no coração do Barrocal algarvio, o Museu Zer0 nasce da relação entre território e comunidade, projetando-se do local para o global. Esta dimensão situada confere-lhe uma identidade única, um centro artístico fora dos grandes centros urbanos, que se afirma como polo de experimentação e de pensamento crítico em arte digital.
O Museu Zer0 nasce assim como gesto fundador, não apenas uma abertura de espaço, mas a afirmação de uma nova centralidade para a arte digital. Um organismo vivo, que se constrói com todos: artistas, curadores, investigadores, comunidade, parceiros e públicos. Os seus eixos estruturantes — Paisagem e Natureza, Ambiente e Sustentabilidade, Território e Identidade, Tradição e Inovação, Património e Memória — garantem coerência e continuidade à sua ação, cruzando criação, investigação, inovação e responsabilidade social.”
Fátima Marques Pereira
16.09.2025